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Indice de Cidades Empreendedoras: Brasil 2014

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O POTENCIAL SOTEROPOLITANO Salvador foi a primeira capital do Brasil, principal destino dos portu- gueses e onde mantiveram a adminis- tração colonial por mais de duzentos anos. Depois de quase quinhentos anos, muita coisa mudou, mas a capi- tal baiana continua sendo uma porta de entrada do Brasil. Salvador tem um importante porto e a cidade é a quinta com mais voos (nacionais e internacionais) do país, com mais de 100 mil pousos e decolagens em 2013. Ganham destaque também os inves- timentos públicos para fomentar a inovação. O Governo da Bahia in- vestiu mais de R$ 600 milhões em 2012, valor que o coloca na posição de quarto Estado que mais investiu proporcionalmente nessa área (1,92% do orçamento). Fica atrás apenas de São Paulo, Santa Catarina e Paraná. As empresas soteropolitanas são também mais focadas em inovação, se compa - rado com a média nacional: é a capital do Norte e Nordeste com maior número absoluto de mestres e doutores trabalhando em empre- sas e também a 4ª maior do país em números proporcionais. Além disso, 1 em cada 13 funcionários das em- presas privadas está alocado em áreas ligadas à tecnologia, o maior índice entre as analisadas. Ainda, a população de Salvador tem grandes perspectivas para empre- ender. Mais de 68% declaram que querem abrir o próprio negócio nos próximos anos, a 4ª maior taxa entre as capitais analisadas, e um dos perfis identificados como de maior propen- são a empreender, o Meu Jeito, tem em Salvador a maior proporção. OS DESAFIOS DA CAPITAL Salvador tem alguns dos piores ín- dices de educação, especialmente aqueles ligados à qualidade: a ci- dade está entre as piores notas no IDEB, e menos de um quinto dos universitários estuda em bons cursos de graduação, de acordo com o ENADE. Em relação ao Ambiente Regulatório, há certa morosidade no sistema. A taxa de congestionamento nos tribu- nais é a maior entre as capitais ana- lisadas e para obter energia elétrica é necessário esperar um mês – proce- dimento este que é feito em duas se- manas, na média das outras capitais. Além da burocracia, o empreende- dor deve também considerar as ta- xas: o imposto médio efetivo para empresas no Simples, na Bahia, é de 8,1%, o maior entre as capitais analisadas – explicado principalmen- te pela adoção da substituição tribu- tária para diversos produtos. SALVADOR 80

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