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nas outras cidades consideradas (Vitória alcança 33%). Nas posições intermediárias aparecem as grandes cidades brasileiras, São Paulo (7ª colocada) e Rio de Janeiro (8ª). Os proble - mas do eixo Rio-São Paulo são justamente as proporções. Essas capitais apresentam os maiores números absolutos de aces- so à educação, ou seja, têm os maiores estoques de estudantes qualificados, e as melhores universidades estão por lá, como a Universidade de São Paulo (USP) e a Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mas em função do tamanho desses centros, o ensino de qualidade acaba sendo restrito: aproximadamente 20% dos universitários estão em cursos considerados excelentes, sendo que nas capitais líderes essa taxa é quase o dobro. O resultado é que, para as empresas que conseguem pagar os salários mais altos do país e acessar essa mão de obra altamente qualificada, o eixo Rio-São Paulo é ótimo. Mas, para muitos empreendedores, enfrentar a concorrên - cia pelos talentos locais pode não ser a melhor estratégia. O déficit educacional do Brasil apa- rece principalmente nas regiões do Norte e Nordeste, as últimas coloca- das no ranking de Capital Humano. Praticamente 40% da população dessas regiões não têm sequer o ensino médio completo, e aqueles poucos (15%) que alcançam a universidade encontram cur - sos nem sempre bons – em Manaus, por exemplo, só 12% das instituições de en- sino superior têm notas 4 e 5 no Enade. Acesso e Qualidade da Mão de Obra Básica Cidade Índice Acesso e Qualidade da Mão de Obra Básica Proporção de adultos com ensino fundamental completo Nota do IDEB nas 8ª/9ª séries Proporção de adultos menos en- sino médio completo Nota do IDEB no en- sino médio (*) Proporção de matriculados no ensino profissionali- zante Vitória 7.99 86.11% 4 74.90% 3.8 16.22% Florianópolis 6.74 82.59% 3.8 69.15% 4.0 4.25% Goiânia 6.66 79.75% 4.6 63.83% 4.0 2.44% Curitiba 6.59 80.59% 4.1 63.86% 3.8 6.49% Rio de Janeiro 6.55 77.22% 4.4 62.10% 4.0 5.43% Belo Horizonte 6.39 74.98% 4.4 60.19% 3.8 8.06% São Paulo 6.32 75.52% 4.2 59.16% 4.1 5.86% Porto Alegre 6.18 75.93% 3.5 62.95% 3.9 8.44% Brasília 6.16 76.10% 3.9 63.76% 4.0 3.51% Manaus 5.4 75.66% 3.7 60.49% 3.2 4.16% Recife 5.3 68.56% 3.5 54.51% 3.8 7.76% Fortaleza 4.91 69.19% 3.8 52.29% 3.6 2.71% Salvador 4.44 72.65% 2.9 58.64% 3.0 1.94% Belém 4.38 73.05% 3.1 54.69% 2.9 2.62% Fonte Microdados da PNAD (IBGE) IDEB (MEC) Microdados da PNAD (IBGE) IDEB (MEC) Censo escolar (MEC) / IBGE Ano 2013 2013 2013 2013 2012 *Dados estaduais. 45